Após caso Master, governo aperta regras do Fundo Garantidor de Créditos para reduzir riscos

  • 02/08/2025
O governo federal decidiu endurecer as regras para as instituições associadas ao FGC (Fundo Garantidor de Créditos). O seguro garante proteção de até R$ 250 mil por investidor, por exemplo, em caso de falência de um banco associado. 🔎O FGC é o seguro do investidor e o dinheiro dele vem das próprias instituições financeiras. Ou seja, é um fundo privado que garante recursos. Portanto, ele torna o investimento mais seguro para quem aplicar o dinheiro na instituição associada e a instituição, por sua vez, consegue atrair mais recursos usando esse mecanismo. Educação Financeira: saiba o que é o FGC O que muda? As instituições financeiras fazem uma contribuição mensal ao FGC. Os bancos podem captar recursos com a garantia do FGC. Até um determinado patamar, isso é considerado dentro dos padrões normais. Se passar dessa faixa, é necessária uma contribuição adicional. As novas regras reduziram esse patamar de 75% para 60%. Ou seja, a “barra” ficou mais baixa. Além disso, para aquelas que ultrapassarem essa faixa, a cobrança adicional será maior do calculado atualmente. Segundo o Banco Central, essa “medida busca aumentar levemente a contribuição de instituições com estratégia de captação que possam ter efeito negativo sobre a estabilidade financeira”. Em outra alteração feita nesta sexta-feira (1º), a instituição financeira que “estiver excessivamente alavancada” será obrigada a aplicar os recursos excedentes em ativos seguros, como títulos públicos federais. A ideia é “evitar a tomada de riscos excessivos por parte da instituição na aplicação em outros ativos”. Nesses casos, é considerada excessivamente alavancada uma instituição que tiver o valor de captações com garantias do FGC dez vezes maior que o seu Patrimônio Líquido Ajustado. Crise do Banco Master A mudança na norma do FGC ocorre em meio à crise provocada pelo Banco Master. O banco teve uma conduta considerada agressiva por analistas de mercado ao captar, a taxas bem acima do oferecido por outros instituições, recursos via CDBs (Certificado de Depósito Bancário), um investimento que rende mais do que a poupança e, no caso do Master, ganhou espaço entre investidores com base na proteção oferecida pelo FGC. A nova resolução foi aprovada nesta sexta-feira (1º) em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN). Questionado, o Banco Central informou à TV Globo que o objetivo das novas regras é “reduzir risco moral ocasionado por instituições que adotam estratégias de captação excessivamente alavancadas e baseadas em captações asseguradas”. A nova resolução entra em vigor em 1º de junho de 2026. Portanto, há um período de adaptação. O Banco Central não quis detalhar quantas instituições financeiras estariam hoje fora das futuras normas.

FONTE: https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/08/02/apos-caso-master-governo-aperta-regras-do-fundo-garantidor-de-creditos-para-reduzir-riscos.ghtml


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