Caso do brigadeirão: rés são esperadas para depor em audiência no RJ
15/09/2025
(Foto: Reprodução) Caso do brigadeirão; testemunhas prestam depoimento em audiência no RJ
A Justiça do Rio realiza nesta segunda-feira (15) mais uma audiência sobre a morte do empresário Luiz Marcelo Ormond, que morreu envenenado em maio de 2024 após comer um brigadeirão que teria sido preparado pela namorada, Júlia Cathermol.
Nesta audiência, marcada para às 14h, a Justiça espera ouvir o depoimento de testemunhas de defesa e, posteriormente, as acusadas Júlia Cathermol e Suyany Breschak. As duas respondem por homicídio e estão presas desde o ano passado.
Na última audiência, em junho, foram ouvidos testemunhas e parentes de Júlia e de Suyany.
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Júlia e Suyany respondem por homicídio duplamente qualificado. De acordo com as investigações, as duas teriam agido para ficar com os bens da vítima.
A perícia confirmou que Luiz Marcelo foi envenenado, e a substância foi encontrada junto a achocolatado no estômago dele. A polícia aponta que o brigadeirão com veneno teria sido feito por Júlia.
Luiz Marcelo foi visto com vida pela última vez no dia 17 de maio de 2024. Três dias depois, vizinhos relataram um forte odor vindo do apartamento. O corpo do empresário foi encontrado dentro da residência que dividia com Júlia. Após o crime, ela fugiu e ficou 10 dias foragida até se entregar, em 4 de junho.
Relembre o caso
O caso veio à tona em 20 de maio, quando o corpo de Luiz Marcelo Ormond foi encontrado em avançado estágio de decomposição dentro de casa, em um condomínio no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A suspeita é que o empresário tenha morrido no 17 de maio, após comer o brigadeirão oferecido por Júlia.
A necrópsia encontrou um líquido achocolatado no estômago de Ormond, e uma perícia mais detalhada apontou a presença de morfina e do ansiolítico Clonazepam no trato gástrico do homem.
A polícia considera que a alta dosagem das drogas matou Ormond em menos de meia hora, a julgar pelas câmeras do elevador do prédio dele. O empresário aparece descendo à piscina às 17h04 com o prato de brigadeirão na mão e, às 17h47, sobe ao apartamento tossindo muito e desatento.
Júlia foi ouvida na 25ª DP (Engenho Novo) no dia 22 de maio, na condição de envolvida. Nesse depoimento, ela disse ter largado o carro de Ormond na Maré a pedido dele (o que a polícia afirma ser mentira) e ido embora do apartamento do Engenho Novo no dia 20, após brigar com o namorado. Em hora alguma ela falou que Ormond tinha passado mal.
Foi durante o depoimento do dia 22, que Julia sorriu várias vezes ao falar de Ormond. Para o delegado Marcos Buss, da 25ª DP, ela demonstrou "extrema frieza".
Após depor, Júlia foi para a casa do (outro) namorado, Jean Cavalcante de Azevedo, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. À polícia, Jean disse que hospedou a mulher até o dia 27.
Nesse dia, segundo alegaram os pais de Júlia, ela voltou para casa, também em Campo Grande, onde os recebeu. Preocupados com o estado da filha — que dizia ter feito “uma besteira”, sem no entanto detalhá-la —, Carla e Marino a levaram até Maricá, onde moram.
Suyany foi presa antes de Júlia, enquanto a psicóloga continuou foragida por alguns dias - até que se rendeu depois de uma negociação com a polícia.
Ormond e Júlia descem de elevador com o brigadeirão com morfina
Reprodução/TV Globo