Justiça mantém condenação do DF por passageira baleada que ficou paraplégica em assalto a ônibus

  • 01/07/2025
(Foto: Reprodução)
Distrito Federal foi condenado a pagar indenizações e pensão vitalícia à vítima. Caso aconteceu em maio de 2018. Justiça mantém condenação do DF por passageira baleada que ficou paraplégica em assalto a ônibus O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) decidiu manter a condenação do Distrito Federal no caso de uma passageira, que ficou paraplégica, após ser baleada em um assalto a um ônibus, em maio de 2018. ✅ Clique aqui para seguir o DF2 nas redes sociais. A modelo Sarah Bueno viajava de São Paulo para Brasília quando o ônibus em que viajava foi invadido por dois assaltantes armados. Dentro do veículo havia um policial militar fardado do DF, que foi identificado pelos criminosos. O reconhecimento levou a uma troca de tiros. Os assaltantes eram considerados foragidos e morreram no confronto. Segundo a vítima, pelo menos 20 disparos foram efetuados. Dois deles atingiram as costas de Sarah, causando uma lesão permanente. Danos morais Sarah ficou paraplégica após o ônibus em que estava ser invadido por dois assaltantes armados. DF2/Reprodução Por questões emocionais, a jovem só decidiu procurar a Justiça em 2021. A sentença reconheceu, em primeira instância, a responsabilidade do GDF e determinou o pagamento de R$ 80 mil por danos morais, além de uma pensão mensal no valor de um salário mínimo. Ambas as partes recorreram da decisão. "A minha lesão foi do peito para baixo, uma lesão bem alta, nível T5,. Então, eu vi que não conseguia mais pentear os cabelos sozinha. Foi um momento bem difícil mesmo", disse Sarah. Sarah Bueno viajava de São Paulo para Brasília quando o ônibus em que viajava foi invadido por dois assaltantes armados DF2/Reprodução A 6ª Turma Cível do TJDF analisou o caso em segunda instância O Distrito Federal alegou no processo que o policial militar não estava de serviço no momento do ocorrido e afirmou que ele agiu em legítima defesa. Também questionou se os tiros que atingiram a passageira vieram da arma do policial. No entanto, o Tribunal e Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) entendeu que o policial estava em serviço porque, ao se deslocar para Brasília, estava no horário de trabalho. O relator do processo, desembargador Alfeu Machado, entendeu que, além das limitações físicas, o trauma e os abalos emocionais, familiares e profissionais precisam ser compensados financeiramente. Além disso, destacou que a responsabilidade do Estado é objetiva, ou seja, não é necessário que o agente público esteja no exercício direto da função, mas que tenha atuado em sua qualidade de servidor. A perícia não conseguiu confirmar de qual arma partiram os disparos que atingiram a vítima, mas o tribunal afirmou que isso não é suficiente para isentar o Distrito Federal da responsabilidade. Com isso, o DF foi condenado a pagar R$ 500 mil em indenizações: R$ 100 mil por "dano ao projeto de vida" e R$ 400 mil por danos morais, além de uma pensão vitalícia a vítima. A defesa de Sarah afirma que vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pedir que o GDF pague os gastos médicos, como terapias e remédios. "A Sarah não recebeu nenhum auxílio do GDF desde 2018, quando o acidente ocorreu. Apesar do recente julgamento que majorou a pensão de um salário mínimo para três salários mínimos, essa decisão ainda não foi cumprida pelo governo. Atualmente, ela sobrevive com a ajuda de terceiros, sem condições de se sustentar ou trabalhar para pagar suas contas", afirmou a advogada do caso, Laiana Lacerda. Ambas as partes podem recorrer porque a decisão foi parcial. O Distrito Federal foi notificado oficialmente e o prazo para tomar ciência da decisão termina na quinta-feira (3). A partir dessa data, começa a contar o prazo de 30 dias úteis para que as partes apresentem recursos. "Até agora, eles não colocaram a mão na massa em nada. Num ajudaram com salário, num ajudaram com fisioterapia, num ajudaram em nada. Faz sete anos que eu tô lutando por algo que até agora não saiu", finalizou Sarah. LEIA TAMBÉM: PRIVATIZAÇÃO: Ambulantes da Rodoviária do Plano Piloto serão realocados para o Setor Comercial Sul SOBRADINHO: Comissão de Direitos Humanos da CLDF aponta superlotação na UPA Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

FONTE: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2025/07/01/justica-mantem-condenacao-do-df-por-passageira-baleada-que-ficou-paraplegica-em-assalto-a-onibus.ghtml


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